segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cultura Organizacional: preceito da Comunicação Interna

Um exemplo importante de cultura organizacional focada na preocupação com o cliente é a cultura de customer focus (foco do cliente), ela permite criar alternativas específicas que se encaixem com os anseios deste público tão importante para organização.


A Siemens é exemplo dessa competência, a empresa implantou Customer Focus School, um programa que integra todas as unidades de negócios, a fim de apresentar-se como uma empresa só para seus clientes. Para isso foram realizados treinamentos específicos, para que todos os funcionários entendessem a empresa como um todo e não apenas a atuação em sua unidade de negócio.

Essa cultura implica alguns desafios, pois a empresa terá que trabalhar a competência de cada colaborador, capacitando e treinando seus profissionais, para juntos desenvolverem projetos de melhoria interna no negócio, e construindo assim uma visibilidade externa positiva frente aos seus clientes.

Francisca Adriana

As Tendências da Comunicação Interna

Estamos em constante progresso tecnológico e também profissional na área de comunicação, algumas tendências ocorrerão principalmente devido as pressões do mercado, do ambiente empresarial, etc. Esta avanço faz com que o profissional também evolua, ocasionando uma mudança no papel e perfil do profissional, porém esta tendência cabe especificamente da iniciativa e tomada de decisão dos lideres de comunicação das empresas. O profissional será cada vez mais estratégico e menos produtor de matérias, sendo cada vez mais um gestor da informação, focado em preparar seus colaboradores para um novo ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico, global e online, em um ambiente propício a diversas mudanças.

No âmbito tecnológico, a informação tende a ser cada vez mais pessoal, focando mais nas pessoas do que nas mensagens corporativas. As pessoas gostam de ouvir historias de outras pessoas, de heróis e também de conquistas individuais. Assim, a CI deverá se alinhar em torno disto, passando as mensagens corporativas moldadas em torno de história de pessoas. As redes sociais, que cada vez mais crescem pelo mundo, farão com que a CI deixe de lado a comunicação unidirecional (email, murais, etc.) para um modelo de intensa colaboração. Empresas grandes ou pequenas deveram ter seus blogs, fóruns, onde a comunicação interna um dia será feita pelos funcionários para os funcionários. Cada vez mais as mensagens serão mais diretas e curtas, como uma “dose única”, algo objetivo e direto. Tendemos a cada dia mais sermos bombardeados com informações, e este fluxo crescer a cada dia. Devido a Mobilidade, algo que há 15 anos ninguém se imaginava trabalhando em casa, deixando de lado o telefone fixo, o acesso remoto ficou viável quase que em todo lugar, a internet, a globalização, este achatamento do mundo, onde todos estão interligados facilita o papel da CI desde que sejam desenvolvidas novas estratégias e canais de comunicação. A fronteira entre CI e CE deve diminuir cada vez mais, já que no mundo atual, interconectados, online 24 horas, já sugere um conceito superado, mas ainda as funções continuam sendo divididas dentro das empresas. Algumas empresas já colocam a área de CI junto com o RH e Tratam a CE apenas como Relações com a Imprensa, gerando cada vez mais um distanciamento entre elas. O profissional Mauro Segura, Líder de MKT e Comunicação da IBM Brasil, ressalta: “Acho que existe uma grande tendência de CI e CE ficarem na mesma organização e diretamente ligadas à presidência, com o surgimento de ferramentas que atenderão simultaneamente CI e CE”.

Jorge França

Comunicação Interna em franquias


Franquia da Água Doce Cachaçaria


O texto abaixo relata o interessante trabalho de Comunicação Interna realizado em franquias

Há muitas matérias que abordam a Comunicação Interna nas empresas de pequeno e médio porte, porém pouco se fala sobre o assunto quando tratamos de franquias. Na reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios do mês de julho deste ano encontramos uma matéria exclusiva sobre este trabalho relacionado a franquias.

Trata-se da rede de franquias Água Doce Cachaçaria que criou um concurso interno de receitas, do qual todos os funcionários dos 107 estabelecimentos franqueados poderão participar, isso contribuirá tanto na descoberta de chefs em potencial como estimulará seus colaboradores. Como prêmio, os desenvolvedores dos cinco melhores pratos receberão até R$ 2 mil e terão suas inovações incorporadas ao cardápio de todas as unidades. As iguarias terão o nome das cidades onde os funcionários trabalham.

Muito além do prêmio, podemos perceber a integração de funcionários de diferentes restaurantes da rede, que estão ansiosos em comparecer ao evento, sediado em um resort, para conhecer os demais franqueados e interagir mais com a rede. Este fato está realmente estimulando os participantes da competição a vencer é a cerimônia de premiação, que será durante a Convenção de Franqueados Água Doce Cachaçaria. Segundo Golfeto.
Dar a sensação aos colaboradores de pertencimento à empresa – esse sem dúvida é o principal benefício da campanha, menciona Renato Avanzi, professor dos cursos de MBA e Pós-Graduação de Comunicação Interna da ESPM. Geralmente os funcionários de franquias costumam não ser considerados como público interno, o que de certa forma contribuí negativamente para a comunicação organizacional.
Por isso, iniciativa da cachaçaria Água Doce é uma ótima solução, pois reduz o estresse dos empregados, levando-os a atender melhor os clientes e a sentirem-se parte do corpo da empresa, pois são convidados a opinar ou até mesmo criar um novo prato para o cardápio.
Além disso a disposição, o estímulo e a integração entre os participantes são os resultados obtidos por meio de uma campanha de Comunicação Interna, desta vez de uma forma diferente, não para funcionários como de costume, mas sim para franqueados.

Francisca Adriana

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Liderança e Comunicação Interna: essenciais para a reputação das empresas


O texto abaixo elucida a importância da qualificação da liderança e de uma comunicação interna bem desenvolvida para gerenciar a reputação das organizações, uma vez que no Brasil 69% das pessoas acreditam mais nas empresas do que em outras instituições. Achamos interessante fazer um link com o tema "Liderança" que alguns outros blogs vem abordando, já que todos os aspectos da comunicação devem andar juntos e integrados.

Especialistas alertam empresários para investir em liderança e comunicação interna

A atuação de líderes envolvidos com suas equipes e uma comunicação interna bem elaborada e frequente são cruciais para a construção e manutenção da reputação das empresas. A avaliação é de Ana Luisa de Castro Almeida, diretora do Reputation Institute no Brasil, mestre em comunicação e doutora em Administração.

Ela observa que as companhias estão investindo muito em marketing, comunicação externa e relações com imprensa e, cometem o erro de deixar de lado a interação mais efetiva e transparente com os funcionários.

“Não adianta a empresa trabalhar com uma comunicação com os públicos estratégicos e esquecer de ter uma comunicação interna eficaz. Não se pode correr o risco de perder a confiança dos empregados e de não realizar os objetivos”, disse Ana Luisa que participou nesta quarta-feira (15/04) do Encontro de Comitês de Assuntos Corporativos e Gestão de Pessoas da Amcham-São Paulo. De acordo com ela, a colaboração dos funcionários e o teor de informações a que eles têm acesso influencia diretamente na imagem saudável da companhia. Neste sentido, o papel do departamento de Recursos Humanos também é de extrema importância.

A professora explica que reputação é grau de estima, admiração, respeito e confiança que os diversos públicos de relacionamento têm para com a empresa. Ela pode ser percebida pelos stakeholders a partir de diferentes aspectos que vão desde produtos e serviços, desempenho financeiro, cidadania, ambiente de trabalho, governança e liderança.

A vulnerabilidade das empresas aumentou muito nos últimos anos por conta da crescente fiscalização dos consumidores, agências reguladoras e da exposição causada por avanços da tecnologia e redes de relacionamento. Neste cenário, zelar pela reputação tornou-se fundamental para a sobrevivência dos negócios.

Dentre os benefícios de uma boa reputação, a especialista ressalta a redução de custos de capital, interesse de investidores, atração e retenção de talentos e apoio favorável do público e da imprensa. “As que se preocupam com esta questão consequem sair mais rapidamente das crises”, acrescentou.

No caso do Brasil, a diretora do Reputation Institute enfatizou que a atenção tem que ser redobrada. Ela citou uma pesquisa da Edelman Trust Barometer de 2009 que mostra que 69% dos brasileiros acreditam mais nas empresas do que em outras instituições - como governo, mídia e ONGs. De 2008 para este ano, a confiança nas companhias aumentou 8 pontos percentuais. “Países de terceiro mundo acreditam muito nas corporações e na mídia, em contrapartida, a confiança no governo é baixa, em nosso país o índice é de apenas 22%”, explicou.



A Google, considerada uma das marcas mais valiosas do mundo, vê a reputação como consequência de uma atuação bem estruturada com todas as áreas integradas e um ambiente de trabalho descontraído e aberto à participação dos colaboradores.

“A Google não se preocupa em transmitir ou criar uma imagem, mas se interessa em fazer um trabalho correto até porque nossos fundadores vêm da área científica-acadêmica, não tem o veio corporativo”, destacou Deli Matsuo, diretor de Recursos Humanos da Google para a América Latina.

Matsuo comentou que a companhia ainda não descobriu uma forma de ampliar o retorno financeiro da rede de relacionamento Orkut no Brasil e ainda assim continua investindo bastante nos servidores, na manutenção e na constante inovação. “O foco é pensar primeiro nas necessidades do cliente e o dinheiro virá como consequência.”

Fonte (editada): www.administradores.com.br

Jorge França

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Comunicação Interna: por onde começar?


A forma tem importância, mas o conteúdo é essencial...
Por indicação você pode comprar um livro com capa estranha, ouvir um CD de uma banda esquisita e ver um filme excêntrico recomendado pelo seu professor de filosofia. Todas essas ações, apesar de uma dose de curiosidade, foi preciso o selo “eu recomendo”.




Sua informação apenas será transmitida se existir alguém do outro lado. Sem receptor não há valor para a mensagem. Os profissionais de comunicação devem estar atentos ao criar o layout de newsletters, boletins, intranet, jornal mural ou cartaz. Devem estar atentos ao tipo de público e reunir argumentos sólidos para defender sua criação junto ao cliente. Elaborar um projeto que agrade apenas a diretoria da empresa pode não surtir efeito na prática. O produto para comunicação interna deve gerar empatia no seu público-alvo: os profissionais da corporação. A forma deve despertar o desejo de experimentar o conteúdo, sem precisar de recomendações.

Após decidido o formato…
O foco da comunicação interna é a motivação. Toda instituição é formada por pessoas e o modo como estas pessoas se relacionam com o cliente, os parceiros de trabalho e os fornecedores pode ser decisivo. Em alguns casos, sociabilidade, educação e simpatia podem gerar mais retorno que conhecimento técnico. A comunicação interna deve transmitir esse conceito aos profissionais. Todos devem estar comprometidos com os objetivos da empresa.

Como fazer?
Levando em conta que o público já está segmentado, o projeto gráfico adequado com o foco da comunicação interna, resta escolher o conteúdo.
O tipo de veículo, o público-alvo e a filosofia da empresa serão fundamentais para determinar o que será abordado.
Em empresas com ambiente mais descontraído valido criar tirinhas com um mascote superando obstáculos comuns a rotina dos funcionários. É importante parabenizar os aniversariantes do mês e os novos contratados. Dicas de cursos e eventos nas áreas de atividade da empresa também são interessantes. O conteúdo apresentado está ligado diretamente a filosofia da instituição, necessidades do público-alvo e objetivos da comunicação interna.
O mais importante é ser atualizado e transparente. Se há algum lançamento a ser feito; se a empresa ganhou uma licitação; vendeu uma filial; esta sendo acusada de fraude; ou comprou uma concorrente é imprescindível que o grupo seja informado de imediato, com uma versão oficial da diretoria. Ao ler a notícia na grande imprensa o funcionário já informado se sentirá parte daquela vitória e, se o caso for alguma notícia desconfortável, a versão oficial no órgão da instituição trará a confiança de que aquilo que foi dito é a verdade, independente do que a mídia divulgar.

Medidas simples às vezes geram tanto retorno quanto grandes investimentos. O profissional deve estar integrado a empresa, reconhecendo a importância do trabalho que desenvolve e percebendo o reconhecimento da entidade por sua atuação. O comprometimento, de ambas as partes, é fundamental para o sucesso de qualquer iniciativa.



BIBLIOGRAFIA:

- KUNSCH, Margarida Maria Krohling. As organizações modernas necessitam de uma comunicação integrada. São Paulo. Revista Mercado Global, ano XXIV, nº 102, 2º trimestre de 1997, página 20.

- BUENO, Wilson da Costa . Educação a distância - Curso de Comunicação Interna


Natalia Abreu

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rádio Peão x Comunicação Interna

A rádio-peão é uma forma de comunicação que existe em todo ambiente de trabalho, mas muitas vezes só serve para disseminar a famosa fofoca. Essa entrevista foi dada por Eliane Aere diretora de RH da empresa Ticket, para a revista Você S.A, em janeiro deste ano. Aqui ela elucida como a rádio-peão deve ser utilizada e o que fazer para minimizar "danos" que pode vir a causar. A comunicação interna deve ser a principal referência quando se diz respeito à informações sobre a organização e esclarecimento de dúvidas. Como a profissional afirma abaixo, a comunicação interna deve ser mais rápida e eficiente do que a rádio peão, uma vez que as informações devem ser disseminadas para todos os níveis, para não gerar dúvidas e tensões no ambiente de trabalho.



1. Como um executivo (de qualquer área) pode usar a rádio peão a seu favor?
A rádio-peão existe em qualquer empresa. Ela deve ser usada para transformar o ambiente de trabalho o mais agradável possível. Sabendo que ela existe, o executivo deve conhecer quem são os formadores de opinião, quais as "pautas" mais abordadas e como ele deve utilizar a ferramenta a seu favor, como sua aliada. A rádio-peão é um canal não-oficial e oficioso. A empresa que consegue se equilibrar na comunicação não terá a rádio-peão como uma dor de cabeça. Será apenas uma manifestação natural e que jamais será extinta, pois é um processo humano se comunicar, interagir, comentar, concordar ou discordar de ações, palavras e atitudes.

2. E como os funcionários de um modo geral podem usar a rádio peão?
O funcionário precisa estar atento às notícias veiculadas pela rádio-peão. Muitas vezes ele precisa checar se a informação divulgada é verdadeira ou não. O rumor atende ao que chamamos a uma condição natural do ser humano de querer saber o que está acontecendo e procurar meios para sua segurança. Já cansei de ver pessoas com crises profundas, estresse e sintomas péssimos de saúde por ouvirem notícias que não eram verdadeiras. A rádio-peão pode gerar prejuízos para a empresa, porque dá mais atenção à fofoca do que ao trabalho. E a solução para combater a fofoca parece simples: ser mais rápido do que ela, com uma comunicação interna eficiente e que tenha foco no trabalho.

3. Muitas vezes a rádio peão é mais rápida e eficiente do que os comunicados oficiais sobre demissões ou contratações. Por que isso acontece?
Porque a notícia vaza em algum momento do processo: seja quando for desenhado o layout do comunicado ou quando ele for traduzido ou até durante sua aprovação. Neste trajeto, a informação passa por diversas áreas, diversas mãos. O importante é manter o sigilo, envolver poucas pessoas e ter um processo estruturado. A rádio-peão é uma realidade que não deve ser preocupação quando a comunicação entre todos na empresa, especialmente na direção, for clara, definida e sem segredos e meias-palavras. Toda vez que a comunicação acontecer assim, verdadeira e sem rodeios, a rádio-peão será um termômetro que não sinaliza febre, mas temperatura ambiente, normal e equilibrada.


Luiza Yang

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Relato Pessoal - Por dentro do estágio

Esse texto vai abordar a comunicação interna nas empresas sob a ótica de estudantes, que dão suas opiniões e relatos com base em suas experiências profissionais e na teoria passada em sala de aula.

Meu primeiro estágio foi com comunicação interna. Trabalhei no Citibank, onde o porte da empresa permitia uma estrutura de comunicação sólida e bem distribuída. Isso era visto principalmente pelo alinhamento de discurso e padronização entre as diversas empresas da holding Citigroup. Na Citifinancial, financeira do grupo, o perfil dos colaboradores era completamente diferente do restante, e um ruído que percebi na comunicação era a imposição da cultura Citi, sem respeitar a particularidade desse braço do grupo, o que muitas vezes gerava um certo desinteresse por parte dos funcionários. Uma passagem que exemplifica bem isso era a distribuição de materiais econômicos, muitas vezes em outra língua, para um público que em grande parte não falava inglês e não havia sequer concluído o ensino superior.

Hoje trabalho numa assessoria de imprensa, uma empresa onde 95% dos funcionários são formados/estudantes de comunicação, e que não existe comunicação interna. Claro que a estrutura da empresa não permite e não demanda grandes veículos internos ou campanhas, mas com certeza, ações simples e criativas de comunicação ajudariam a motivar e envolver os mais de 60 colaboradores a agência.

Marcelo Serrano