segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cultura Organizacional: preceito da Comunicação Interna

Um exemplo importante de cultura organizacional focada na preocupação com o cliente é a cultura de customer focus (foco do cliente), ela permite criar alternativas específicas que se encaixem com os anseios deste público tão importante para organização.


A Siemens é exemplo dessa competência, a empresa implantou Customer Focus School, um programa que integra todas as unidades de negócios, a fim de apresentar-se como uma empresa só para seus clientes. Para isso foram realizados treinamentos específicos, para que todos os funcionários entendessem a empresa como um todo e não apenas a atuação em sua unidade de negócio.

Essa cultura implica alguns desafios, pois a empresa terá que trabalhar a competência de cada colaborador, capacitando e treinando seus profissionais, para juntos desenvolverem projetos de melhoria interna no negócio, e construindo assim uma visibilidade externa positiva frente aos seus clientes.

Francisca Adriana

As Tendências da Comunicação Interna

Estamos em constante progresso tecnológico e também profissional na área de comunicação, algumas tendências ocorrerão principalmente devido as pressões do mercado, do ambiente empresarial, etc. Esta avanço faz com que o profissional também evolua, ocasionando uma mudança no papel e perfil do profissional, porém esta tendência cabe especificamente da iniciativa e tomada de decisão dos lideres de comunicação das empresas. O profissional será cada vez mais estratégico e menos produtor de matérias, sendo cada vez mais um gestor da informação, focado em preparar seus colaboradores para um novo ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico, global e online, em um ambiente propício a diversas mudanças.

No âmbito tecnológico, a informação tende a ser cada vez mais pessoal, focando mais nas pessoas do que nas mensagens corporativas. As pessoas gostam de ouvir historias de outras pessoas, de heróis e também de conquistas individuais. Assim, a CI deverá se alinhar em torno disto, passando as mensagens corporativas moldadas em torno de história de pessoas. As redes sociais, que cada vez mais crescem pelo mundo, farão com que a CI deixe de lado a comunicação unidirecional (email, murais, etc.) para um modelo de intensa colaboração. Empresas grandes ou pequenas deveram ter seus blogs, fóruns, onde a comunicação interna um dia será feita pelos funcionários para os funcionários. Cada vez mais as mensagens serão mais diretas e curtas, como uma “dose única”, algo objetivo e direto. Tendemos a cada dia mais sermos bombardeados com informações, e este fluxo crescer a cada dia. Devido a Mobilidade, algo que há 15 anos ninguém se imaginava trabalhando em casa, deixando de lado o telefone fixo, o acesso remoto ficou viável quase que em todo lugar, a internet, a globalização, este achatamento do mundo, onde todos estão interligados facilita o papel da CI desde que sejam desenvolvidas novas estratégias e canais de comunicação. A fronteira entre CI e CE deve diminuir cada vez mais, já que no mundo atual, interconectados, online 24 horas, já sugere um conceito superado, mas ainda as funções continuam sendo divididas dentro das empresas. Algumas empresas já colocam a área de CI junto com o RH e Tratam a CE apenas como Relações com a Imprensa, gerando cada vez mais um distanciamento entre elas. O profissional Mauro Segura, Líder de MKT e Comunicação da IBM Brasil, ressalta: “Acho que existe uma grande tendência de CI e CE ficarem na mesma organização e diretamente ligadas à presidência, com o surgimento de ferramentas que atenderão simultaneamente CI e CE”.

Jorge França

Comunicação Interna em franquias


Franquia da Água Doce Cachaçaria


O texto abaixo relata o interessante trabalho de Comunicação Interna realizado em franquias

Há muitas matérias que abordam a Comunicação Interna nas empresas de pequeno e médio porte, porém pouco se fala sobre o assunto quando tratamos de franquias. Na reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios do mês de julho deste ano encontramos uma matéria exclusiva sobre este trabalho relacionado a franquias.

Trata-se da rede de franquias Água Doce Cachaçaria que criou um concurso interno de receitas, do qual todos os funcionários dos 107 estabelecimentos franqueados poderão participar, isso contribuirá tanto na descoberta de chefs em potencial como estimulará seus colaboradores. Como prêmio, os desenvolvedores dos cinco melhores pratos receberão até R$ 2 mil e terão suas inovações incorporadas ao cardápio de todas as unidades. As iguarias terão o nome das cidades onde os funcionários trabalham.

Muito além do prêmio, podemos perceber a integração de funcionários de diferentes restaurantes da rede, que estão ansiosos em comparecer ao evento, sediado em um resort, para conhecer os demais franqueados e interagir mais com a rede. Este fato está realmente estimulando os participantes da competição a vencer é a cerimônia de premiação, que será durante a Convenção de Franqueados Água Doce Cachaçaria. Segundo Golfeto.
Dar a sensação aos colaboradores de pertencimento à empresa – esse sem dúvida é o principal benefício da campanha, menciona Renato Avanzi, professor dos cursos de MBA e Pós-Graduação de Comunicação Interna da ESPM. Geralmente os funcionários de franquias costumam não ser considerados como público interno, o que de certa forma contribuí negativamente para a comunicação organizacional.
Por isso, iniciativa da cachaçaria Água Doce é uma ótima solução, pois reduz o estresse dos empregados, levando-os a atender melhor os clientes e a sentirem-se parte do corpo da empresa, pois são convidados a opinar ou até mesmo criar um novo prato para o cardápio.
Além disso a disposição, o estímulo e a integração entre os participantes são os resultados obtidos por meio de uma campanha de Comunicação Interna, desta vez de uma forma diferente, não para funcionários como de costume, mas sim para franqueados.

Francisca Adriana

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Liderança e Comunicação Interna: essenciais para a reputação das empresas


O texto abaixo elucida a importância da qualificação da liderança e de uma comunicação interna bem desenvolvida para gerenciar a reputação das organizações, uma vez que no Brasil 69% das pessoas acreditam mais nas empresas do que em outras instituições. Achamos interessante fazer um link com o tema "Liderança" que alguns outros blogs vem abordando, já que todos os aspectos da comunicação devem andar juntos e integrados.

Especialistas alertam empresários para investir em liderança e comunicação interna

A atuação de líderes envolvidos com suas equipes e uma comunicação interna bem elaborada e frequente são cruciais para a construção e manutenção da reputação das empresas. A avaliação é de Ana Luisa de Castro Almeida, diretora do Reputation Institute no Brasil, mestre em comunicação e doutora em Administração.

Ela observa que as companhias estão investindo muito em marketing, comunicação externa e relações com imprensa e, cometem o erro de deixar de lado a interação mais efetiva e transparente com os funcionários.

“Não adianta a empresa trabalhar com uma comunicação com os públicos estratégicos e esquecer de ter uma comunicação interna eficaz. Não se pode correr o risco de perder a confiança dos empregados e de não realizar os objetivos”, disse Ana Luisa que participou nesta quarta-feira (15/04) do Encontro de Comitês de Assuntos Corporativos e Gestão de Pessoas da Amcham-São Paulo. De acordo com ela, a colaboração dos funcionários e o teor de informações a que eles têm acesso influencia diretamente na imagem saudável da companhia. Neste sentido, o papel do departamento de Recursos Humanos também é de extrema importância.

A professora explica que reputação é grau de estima, admiração, respeito e confiança que os diversos públicos de relacionamento têm para com a empresa. Ela pode ser percebida pelos stakeholders a partir de diferentes aspectos que vão desde produtos e serviços, desempenho financeiro, cidadania, ambiente de trabalho, governança e liderança.

A vulnerabilidade das empresas aumentou muito nos últimos anos por conta da crescente fiscalização dos consumidores, agências reguladoras e da exposição causada por avanços da tecnologia e redes de relacionamento. Neste cenário, zelar pela reputação tornou-se fundamental para a sobrevivência dos negócios.

Dentre os benefícios de uma boa reputação, a especialista ressalta a redução de custos de capital, interesse de investidores, atração e retenção de talentos e apoio favorável do público e da imprensa. “As que se preocupam com esta questão consequem sair mais rapidamente das crises”, acrescentou.

No caso do Brasil, a diretora do Reputation Institute enfatizou que a atenção tem que ser redobrada. Ela citou uma pesquisa da Edelman Trust Barometer de 2009 que mostra que 69% dos brasileiros acreditam mais nas empresas do que em outras instituições - como governo, mídia e ONGs. De 2008 para este ano, a confiança nas companhias aumentou 8 pontos percentuais. “Países de terceiro mundo acreditam muito nas corporações e na mídia, em contrapartida, a confiança no governo é baixa, em nosso país o índice é de apenas 22%”, explicou.



A Google, considerada uma das marcas mais valiosas do mundo, vê a reputação como consequência de uma atuação bem estruturada com todas as áreas integradas e um ambiente de trabalho descontraído e aberto à participação dos colaboradores.

“A Google não se preocupa em transmitir ou criar uma imagem, mas se interessa em fazer um trabalho correto até porque nossos fundadores vêm da área científica-acadêmica, não tem o veio corporativo”, destacou Deli Matsuo, diretor de Recursos Humanos da Google para a América Latina.

Matsuo comentou que a companhia ainda não descobriu uma forma de ampliar o retorno financeiro da rede de relacionamento Orkut no Brasil e ainda assim continua investindo bastante nos servidores, na manutenção e na constante inovação. “O foco é pensar primeiro nas necessidades do cliente e o dinheiro virá como consequência.”

Fonte (editada): www.administradores.com.br

Jorge França

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Comunicação Interna: por onde começar?


A forma tem importância, mas o conteúdo é essencial...
Por indicação você pode comprar um livro com capa estranha, ouvir um CD de uma banda esquisita e ver um filme excêntrico recomendado pelo seu professor de filosofia. Todas essas ações, apesar de uma dose de curiosidade, foi preciso o selo “eu recomendo”.




Sua informação apenas será transmitida se existir alguém do outro lado. Sem receptor não há valor para a mensagem. Os profissionais de comunicação devem estar atentos ao criar o layout de newsletters, boletins, intranet, jornal mural ou cartaz. Devem estar atentos ao tipo de público e reunir argumentos sólidos para defender sua criação junto ao cliente. Elaborar um projeto que agrade apenas a diretoria da empresa pode não surtir efeito na prática. O produto para comunicação interna deve gerar empatia no seu público-alvo: os profissionais da corporação. A forma deve despertar o desejo de experimentar o conteúdo, sem precisar de recomendações.

Após decidido o formato…
O foco da comunicação interna é a motivação. Toda instituição é formada por pessoas e o modo como estas pessoas se relacionam com o cliente, os parceiros de trabalho e os fornecedores pode ser decisivo. Em alguns casos, sociabilidade, educação e simpatia podem gerar mais retorno que conhecimento técnico. A comunicação interna deve transmitir esse conceito aos profissionais. Todos devem estar comprometidos com os objetivos da empresa.

Como fazer?
Levando em conta que o público já está segmentado, o projeto gráfico adequado com o foco da comunicação interna, resta escolher o conteúdo.
O tipo de veículo, o público-alvo e a filosofia da empresa serão fundamentais para determinar o que será abordado.
Em empresas com ambiente mais descontraído valido criar tirinhas com um mascote superando obstáculos comuns a rotina dos funcionários. É importante parabenizar os aniversariantes do mês e os novos contratados. Dicas de cursos e eventos nas áreas de atividade da empresa também são interessantes. O conteúdo apresentado está ligado diretamente a filosofia da instituição, necessidades do público-alvo e objetivos da comunicação interna.
O mais importante é ser atualizado e transparente. Se há algum lançamento a ser feito; se a empresa ganhou uma licitação; vendeu uma filial; esta sendo acusada de fraude; ou comprou uma concorrente é imprescindível que o grupo seja informado de imediato, com uma versão oficial da diretoria. Ao ler a notícia na grande imprensa o funcionário já informado se sentirá parte daquela vitória e, se o caso for alguma notícia desconfortável, a versão oficial no órgão da instituição trará a confiança de que aquilo que foi dito é a verdade, independente do que a mídia divulgar.

Medidas simples às vezes geram tanto retorno quanto grandes investimentos. O profissional deve estar integrado a empresa, reconhecendo a importância do trabalho que desenvolve e percebendo o reconhecimento da entidade por sua atuação. O comprometimento, de ambas as partes, é fundamental para o sucesso de qualquer iniciativa.



BIBLIOGRAFIA:

- KUNSCH, Margarida Maria Krohling. As organizações modernas necessitam de uma comunicação integrada. São Paulo. Revista Mercado Global, ano XXIV, nº 102, 2º trimestre de 1997, página 20.

- BUENO, Wilson da Costa . Educação a distância - Curso de Comunicação Interna


Natalia Abreu

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rádio Peão x Comunicação Interna

A rádio-peão é uma forma de comunicação que existe em todo ambiente de trabalho, mas muitas vezes só serve para disseminar a famosa fofoca. Essa entrevista foi dada por Eliane Aere diretora de RH da empresa Ticket, para a revista Você S.A, em janeiro deste ano. Aqui ela elucida como a rádio-peão deve ser utilizada e o que fazer para minimizar "danos" que pode vir a causar. A comunicação interna deve ser a principal referência quando se diz respeito à informações sobre a organização e esclarecimento de dúvidas. Como a profissional afirma abaixo, a comunicação interna deve ser mais rápida e eficiente do que a rádio peão, uma vez que as informações devem ser disseminadas para todos os níveis, para não gerar dúvidas e tensões no ambiente de trabalho.



1. Como um executivo (de qualquer área) pode usar a rádio peão a seu favor?
A rádio-peão existe em qualquer empresa. Ela deve ser usada para transformar o ambiente de trabalho o mais agradável possível. Sabendo que ela existe, o executivo deve conhecer quem são os formadores de opinião, quais as "pautas" mais abordadas e como ele deve utilizar a ferramenta a seu favor, como sua aliada. A rádio-peão é um canal não-oficial e oficioso. A empresa que consegue se equilibrar na comunicação não terá a rádio-peão como uma dor de cabeça. Será apenas uma manifestação natural e que jamais será extinta, pois é um processo humano se comunicar, interagir, comentar, concordar ou discordar de ações, palavras e atitudes.

2. E como os funcionários de um modo geral podem usar a rádio peão?
O funcionário precisa estar atento às notícias veiculadas pela rádio-peão. Muitas vezes ele precisa checar se a informação divulgada é verdadeira ou não. O rumor atende ao que chamamos a uma condição natural do ser humano de querer saber o que está acontecendo e procurar meios para sua segurança. Já cansei de ver pessoas com crises profundas, estresse e sintomas péssimos de saúde por ouvirem notícias que não eram verdadeiras. A rádio-peão pode gerar prejuízos para a empresa, porque dá mais atenção à fofoca do que ao trabalho. E a solução para combater a fofoca parece simples: ser mais rápido do que ela, com uma comunicação interna eficiente e que tenha foco no trabalho.

3. Muitas vezes a rádio peão é mais rápida e eficiente do que os comunicados oficiais sobre demissões ou contratações. Por que isso acontece?
Porque a notícia vaza em algum momento do processo: seja quando for desenhado o layout do comunicado ou quando ele for traduzido ou até durante sua aprovação. Neste trajeto, a informação passa por diversas áreas, diversas mãos. O importante é manter o sigilo, envolver poucas pessoas e ter um processo estruturado. A rádio-peão é uma realidade que não deve ser preocupação quando a comunicação entre todos na empresa, especialmente na direção, for clara, definida e sem segredos e meias-palavras. Toda vez que a comunicação acontecer assim, verdadeira e sem rodeios, a rádio-peão será um termômetro que não sinaliza febre, mas temperatura ambiente, normal e equilibrada.


Luiza Yang

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Relato Pessoal - Por dentro do estágio

Esse texto vai abordar a comunicação interna nas empresas sob a ótica de estudantes, que dão suas opiniões e relatos com base em suas experiências profissionais e na teoria passada em sala de aula.

Meu primeiro estágio foi com comunicação interna. Trabalhei no Citibank, onde o porte da empresa permitia uma estrutura de comunicação sólida e bem distribuída. Isso era visto principalmente pelo alinhamento de discurso e padronização entre as diversas empresas da holding Citigroup. Na Citifinancial, financeira do grupo, o perfil dos colaboradores era completamente diferente do restante, e um ruído que percebi na comunicação era a imposição da cultura Citi, sem respeitar a particularidade desse braço do grupo, o que muitas vezes gerava um certo desinteresse por parte dos funcionários. Uma passagem que exemplifica bem isso era a distribuição de materiais econômicos, muitas vezes em outra língua, para um público que em grande parte não falava inglês e não havia sequer concluído o ensino superior.

Hoje trabalho numa assessoria de imprensa, uma empresa onde 95% dos funcionários são formados/estudantes de comunicação, e que não existe comunicação interna. Claro que a estrutura da empresa não permite e não demanda grandes veículos internos ou campanhas, mas com certeza, ações simples e criativas de comunicação ajudariam a motivar e envolver os mais de 60 colaboradores a agência.

Marcelo Serrano

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Case - Net Serviços


O case abaixo ilustra como as ações de comunicação interna são colocadas em práticas e sua importância. Após mapear o cenário descobriu-se que não havia unidade corporativa comum, uma vez que a comunicação não era integrada. Através das ações desenvolvidas esse realidade aos poucos vai se modificando, com ações focadas para o público-alvo, de forma estratégica e estruturada.

A NET

A NET Serviços é a maior empresa multisserviços via cabo da América Latina. Presente em 91 cidades, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília e Goiânia, oferece serviços de TV por assinatura, internet banda larga e voz por meio de um único cabo.

Com 50% do mercado de TV por assinatura e 22% do mercado de banda larga, possui uma rede que atinge mais de 9,9 milhões de domicílios. De acordo com dados do 3º trimestre de 2008, a empresa possui 3 milhões de clientes de TV por assinatura (NET), 2,1 milhões de assinantes de internet em banda larga (NET Vírtua) e 1,5 milhão de assinantes de serviços de voz (NET Fone via Embratel).


Cenário

- Não havia veículos de comunicação interna para todos os empregados.
- As regionais desenvolviam seus próprios canais de comunicação interna sem identidade visual integrada nem mensagens-chave definidas.
- A liderança não era sensível à utilização da comunicação interna como ferramenta de gestão e de negócio.
- Os índices coletados na Pesquisa de Comunicação Interna apontaram que a “rádio corredor” era um dos principais canais de disseminação da informações institucionais entre os empregados da NET.
- A estrutura física da empresa, que abrange 79 cidades, agregadas em 08 regionais, dificultava a disseminação das informações de modo alinhado e no tempo certo.

Objetivos

- Fazer com que o público interno sinta orgulho de ser parte da NET, fidelizando-o como consumidor dos serviços da empresa e habilitando-o a atuar como representante da marca NET.
- Reforçar entre o Público Interno os valores, a missão e os objetivos estratégicos da NET.
- Estimular o público interno a ter sempre o cliente como foco final de todas as ações corporativas.
- Mobilizar os empregados para conquistar a excelência no atendimento ao cliente e na qualidade dos serviços prestados pela NET.

Ações

- Pesquisa quantitativa e qualitativa com todos os empregados da empresa (próprios e terceiros).
- Definição da Política de Comunicação Interna: premissas da área; públicos-alvo; princípios; objetivos estratégicos; atribuições do comitê de comunicação, dos pontos-focais e da liderança; diretrizes para os canais e campanhas de comunicação.
- Plano de ação: ações de consolidação da área; capacitação de pessoas; ações do calendário de comunicação Interna; definição do guarda-chuva da área.
- Treinamento dos pontos-focais: capacitação dos profissionais para colocarem em prática a política de CI e conhecerem a nova matriz de veículos.
- Treinamento de líderes: sensibilização para a relevância da CI para os 600 líderes da NET.
- Criação dos veículos: boletins regionais; newsletter corporativa; newsletters regionais; e-mails da CI e assinados pela liderança; jornal-mural, campanhas; intranet e revista corporativa.

Fonte: In Press Porter Novelli

Luiza Yang

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Valorização da Comunicação Interna

Esse texto ajuda a situar uma leitura a respeito da comunicação interna nas empresas, assunto tão abrangente e que se atualiza muito rapidamente conforme as demandas e as diferentes culturas organizacionais encontradas.


O mercado de trabalho torna-se cada vez mais competitivo, aumentando a necessidade de aprimoramento da eficácia organizacional. O processo de comunicação interna passa a ser algo prioritário, visto que, atualmente não basta ter uma equipe altamente motivada, é preciso que haja uma boa comunicação e interação entre as pessoas. Para que uma boa comunicação ocorra, é necessário assegurar que a informação seja divulgada e transmitida em todos os níveis, para que as pessoas possam usá-la de forma mais eficaz.
A Comunicação Interna são as interações, os processos de trocas, os relacionamentos dentro de uma empresa, sendo ela a responsável por fazer circular as informações e o conhecimento. Podendo acontecer de forma verticalmente, ou seja, da direção para os níveis subordinados; e horizontal, entre os empregados de mesmo nível de subordinação, ou vice e versa.
Na comunicação, é fundamental que haja um bom entrosamento entre os seus elementos (emissor, mensagem e receptor), para que ocorra a devida compreensão da mensagem. O que acontece muitas vezes nas empresas é a não existência desse entrosamento, causando as indesejáveis falhas na comunicação. Muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos funcionários, mas nem sempre geram mudanças de atitudes, ou ainda, não causam efeitos positivos, ocasionando a falta de eficácia na comunicação.
Tradicionalmente, a comunicação interna tem sido relegada a um segundo plano no planejamento de comunicação nas organizações, certamente porque falta aos gestores a consciência de que uma boa comunicação, transparente, ágil, democrática e participativa, pode ser vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações.
A Comunicação interna amplia a visão do empregado, dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo. “As ações da empresa devem ter sentido para as pessoas, sendo necessário que encontrem no processo de comunicação as justificativas para o seu posicionamento e comprometimento”, (Dra Marlene Marchiori). Os empregados devem ser considerados parceiros, e estarem sempre bem informados, pois assim estarão mais envolvidos com empresa e sua missão.
O processo de comunicação interna precisa ser valorizado, e os canais que ele dispõe (jornais, boletins, intranet, murais e etc) necessitam ser disponibilizados de forma eficaz e atrativa, para que realmente cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização.
Conduzir um processo de aprimoramento da comunicação interna nas organizações pode ser altamente inteligente, pois, eliminando deficiências na comunicação provavelmente garantiremos melhores resultados.

Mara Marciano Alvarenga, 33 anos, Graduada em Administração de Negócios, um curso que engloba várias áreas. Cursa MBA em Gestão de Pessoas que é uma área que tem maior afinidade. Tem uma filha de 11 anos, e ela é a motivação para traçar metas e alcançar os objetivos.



Marcelo Serrano

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Comunicação Interna - A força nas empresas


Quero compartilhar com vocês um case sobre a empresa de telefonia CLARO publicado no volume 4 da coleção "Comunicação Interna - A força nas empresas", pela Aberje Editorial no ano de 2006.


CENÁRIO
Apesar do número de celulares no país ter evoluído desde a década de 90, o mercado era constantemente bombardeado por termos de difícil entendimento e o consumidor continuava desencantado, desejando mais clareza e simplificação desse meio. Nesse tipo de compra (de celulares), a decisão é mais funcional do que emocional, e nessa época não existia uma marca que se destacasse fortemente nessa categoria.

CONCORRÊNCIA

Existiam três concorrentes bem posicionados: Vivo, TIM e a OI.

DESAFIO
Criar um espaço próprio, expandir a sua área de atuação, construir uma marca nacional e que simbolizasse para os clientes uma mudança melhor, uma alternativa mais conveniente.

CONCEITO E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Conceito: sol e seus raios (círculo vermelho com três raios que significavam o seu todo).
Os atributos da marca teriam de ser força, simplicidade, contemporaneidade, potência, brilho e luz.
A personalidade teria de ser próxima, alegre, assertiva, verdadeira, eficiente e fácil.
O conceito foi desdobrado em centenas de expressões, da identidade de marca ao PDV, das embalagens dos materiais promocionais, no maior projeto de branding já realizado no Brasil. Sol é vida, calor, alegria, brilho, proximidade, luz, potencialidade, beleza, renovação.

ESTRATÉGIA
O modelo de arquitetura da marca permitiria utilizar o nome da corporação em todos os produtos e servidos oferecidos, tendo como objetivos:
-Explorar a força da marca
-Oferecer simplicidade
-Estabelecer proximidade
-Possibilitar a padronização
-Facilitar o entendimento

IMPLANTAÇÃO
O lançamento foi realizado para diversos públicos e, para cada um deles, utilizada uma ferramenta apropriada:
• Associados – Endomarketing
• Clientes – Marketing Direto
• Imprensa – Coletiva
• Revendedores e Pontos-de-venda – Marketing Direto e convenções
• Mercado – mídia, merchandising e eventos

Os números gerais dos pontos de implantação foram impressionantes: 20 Estados, 100 lojas, 400 quiosques, 4500 unidades de agentes autorizados e varejos e 63 mil pontos de recargas.

REPERCUSSÕES DO PROJETO
A Claro passou a ser agregadora. A transparência na comunicação e o envolvimento com o cliente eram aspectos importantes percebidos pelo público e fizeram disso seus princípios fundamentais.
Hoje a empresa está em 9° lugar no ranking das 10 marcas preferidas em propagandas de Tv. Se transformou rapidamente na 2° maior operadora do Brasil, com mais de 13 milhões de clientes.

O case da CLARO apresenta uma lição empresarial de sucesso, em que a comunicação interna adicionou valor ao negócio para o alcance dos resultados. Um processo transparente e verdadeiro de comunicação, a partir do compromisso da liderança, é um dos fatores mais importantes na implementação das grandes transformações no ambiente empresarial.

Fernanda Cabral Contiero

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Bunge - Comunicação Interna



Esatava pesquisando algum tema pertinente para colocar aqui no blog e me deparei com o case da Bunge, fertilizante do Brasil. Após ganhar o prêmio Aberje em 2005 na categoria vídeo de Comunicação Interna (infelizmente não o encontrei em nenhum lugar!), a Bunge vem seguindo uma trajetória muito feliz nesse aspecto e ano passado comemorou 70 anos, com vídeos institucionais produzidos pela TV1. Quem se interessa pelo tema vale a pena conferir (eles estão disponíveis no site www.tv1.com.br). Além disso a Bunge vem crescendo ano a ano e colhendo frutos de seu trabalho.
Mas, o que mais me chamou a atenção foi a entrevista feita pelo site nosdacomunicacao.com.br, com a Gerente de Comunicação Institucional da Bunge, Patricia Pecego, aqui coloco trechos:

Nós da Comunicação – Quais as ações da área de Comunicação Interna voltadas para o empreendedorismo – um dos valores da companhia?
P. P. – Temos um programa de inovação – Inova Bunge – que estimula as pessoas a terem ideias de novos negócios e produtos. Assim, amarramos inovação com empreendedorismo. Do total de 5.256 ideias, 757 serão implantadas e 214 já foram operacionalizadas.

Nós da Comunicação – Você acredita que a comunicação pode ser um instrumento de transformação das normas estabelecidas em uma corporação?
P. P. – Sim, vejo a comunicação como uma área estratégica dentro da organização. Ela avança, movimenta, e quanto maior o nível de alinhamento entre as lideranças, maior o envolvimento dos funcionários em prol de um objetivo. Com certeza, há uma habilidade da comunicação muito grande por trás da integração dos funcionários na empresa.


Acredito que cada vez mais é necessário ressaltar a Comunicação como estratégia. Nós estudantes da área sentimos que essa percepção está sendo difundida entre as organizações, o que gera valorização da nossa futura profissão. Achei bacana também a Gerente da Bunge falar sobre empreendedorismo corporativo. Como aprendido nas aulas de Assessoria com a profª Tânia Baitello, o empreendedorismo também é possível de ser realizado e incentivado dentro das empresas. Isso fica esquecido, muitas vezes!
O case nos elucida que sim, a Comunicação Interna faz toda a diferença na criação de um ambiente de trabalho favorável, na valorização de funcionários e é claro, na obtenção de resultados positivos.

A entrevista está disponível na íntegra em http://www.nosdacomunicacao.com.br/panorama_interna.asp?panorama=156&tipo=E

Luiza Yang

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Que falta faz um RP!

Quando entrei na faculdade em 2006, consegui um estágio em uma empresa grande, fabricante e importadora de máquinas fotográficas, impressoras, etc. Na área de eventos, participávamos de feiras e campanhas em PDV para conhecimento da marca em grandes lojas de eletroeletrônicos. Na verdade, o trabalho era pouco explorado, não se inovava, tampouco existiam eventos internos ou próprios.
Após a aula que tivemos no primeiro ano sobre Jornal Mural e a confecção do mesmo para a empresa da FERPP, fui procurar saber onde raios estava o Jornal Mural da empresa que eu trabalhava. Depois de muito perguntar (os funcionários não sabiam do que se tratava), fui descobri-lo perto da garagem de descarga de produtos (ou seja, onde nem um terço do total de funcionários iam). Minha surpresa foi enorme. No meu mundo de faculdade, jornais murais possuíam design arrojado, editorias, cores e informações pertinentes. Um verdadeiro sucesso de público e crítica!!!
Esse mural caindo aos pedaços na minha frente só poda ser brincadeira.
Infelizmente não era. Prôpus reformulação, mas não foi aprovado. Comunicação não exisia, muito menos interna, tudo fazia parte do RH e a minha "área" de eventos já estava muito ocupada.
Pena.
Mudei de emprego, superei. Percebi que a realidade do mercado de trabalho às vezes foge do aprendido em sala de aula. Cabe a nós tentar mudá-la, aos poucos, através da nossa excelência de formação.
Mas daquele Jornal Mural eu nunca esqueci!!!



Luiza Yang

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Comunicação Interna

Visão Geral

A Comunicação Interna é realizada para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil, transparente, democrática e participativa, da direção com o público participante da corporação.

Esta comunicação não se restringe à comunicação que flui dos topo da pirâmide para os cargos menos favorecidos da hierarquia (comunicação vertical), mas sim, uma comunicação horizontal (uma vez que precisa realizar-se em sentido de mão dupla).

A Comunicação Interna é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações.

O que é Comunicação Interna?

A Comunicação Interna são os processos de trocas e os relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição. Também chamada de Endocomunicação, a Comunicação Interna é responsável por fazer circular as informações, o conhecimento, de forma verticalmente, ou seja, da direção para os níveis subordinados; e horizontalmente, entre os empregados de mesmo nível de subordinação.

A importância da Comunicação Interna nas organizações

Os empregados são parceiros e quanto mais bem informados estiverem, mais envolvidos com aquela empresa, sua missão e seu negócio, eles estarão. Os empregados também são os “melhores porta-vozes” da instituição em que trabalha. Sua opinião sobre a organização vale muito para quem está de fora. Ele é o maior propagandista de sua organização, ou seja, investir na comunicação interna é investir no clima organizacional e em marketing. Por fim, toda organização está inserida em um mercado altamente competitivo, principalmente com a globalização e a disseminação de novas tecnologias. A Comunicação Interna tem a função de fazer circular as informações novas, promover o debate e a interação entre os vários segmentos da organização e, sobretudo, capacitar os funcionários para os novos desafios. Por isso, o processo de comunicação interna precisa ser valorizado e os canais que ele dispõe (jornais, boletins, intranet, murais etc) disponibilizados de forma eficaz e atrativa para que realmente cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização.

Ou seja, existe uma grande diferença entre comunicação e informação. Muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos funcionários, mas nem sempre geram mudanças de atitudes, ou ainda, causam confusão porque não foram divulgadas da forma adequada. Outras informações sequer chegam aos verdadeiros destinatários porque um gestor não identificou a essência comunicativa de determinado fato. Por isso a Comunicação Interna tem grande valor em uma organização.


Natália Abreu

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Por que é tão importante?

Achei esse texto bacana por expôr, de forma sucinta e acessível, a importância da comunicação interna das empresas e o impacto que ela causa perante os funcionários. Vale a pena dar uma conferida!

A imagem que os funcionários têm de sua própria organização é a base da imagem externa da empresa. Não existe melhor estratégia de comunicação do que transformar seus funcionários em verdadeiros embaixadores de sua empresa. Parece simples!

Existe uma diferença marcante entre a teoria dos livros texto e a realidade do dia-a-dia das organizações. Nos livros texto, as organizações são descritas como se fossem umas máquinas bem azeitadas. Todos que trabalham na organização conhecem a visão e estão focados na implementação da missão. As pessoas estão sempre satisfeitas. A ansiedade é baixa e o moral é alto. As pessoas interagem entre si sem fricção alguma, formando equipes auto-sustentáveis. Não é poético?

Por que então é comum, hoje em dia, encontrar empresas onde as pessoas vivem constantemente apagando incêndios, frustradas, estressadas e cansadas no seu ambiente de trabalho?

A edição de n° 800 da revista Exame em matéria de capa ilustra bem o fato "Dois em cada três executivos já pensam em mudar de emprego - um problema para as pessoas e para as empresas?".

Esses sintomas evidenciam que as organizações - hoje em dia - não têm uma estratégia de relacionamento com seus funcionários. E como diria o ditado "quando você não tem direção, qualquer estrada te leva a lugar nenhum".

Outros estudos também fornecem mais evidência de que as lideranças das empresas precisam restaurar a credibilidade de seus esforços de comunicação com seus funcionários:

* um estudo recente (2002) da Mercer Human Resource Consulting, mostra que somente um terço dos 2.600 trabalhadores pesquisados concorda com a afirmação "Eu posso confiar que a liderança de minha organização irá sempre se comunicar com honestidade".
* outro estudo da Walker Information Group (2002) com funcionários de grandes organizações encontrou que somente 49% deles acreditavam que a direção de suas empresas era formada por "pessoas de alta integridade".

Quando analisamos o assunto da perspectiva das lideranças as sete justificativas mais freqüentes para problemas de comunicação são:
1) excesso de informação;
2) falta de envolvimento e participação das pessoas;
3) falhas na comunicação;
4) inconsistência das mensagens;
5) pouco de trabalho em equipe;
6) dificuldade em personalizar as mensagens para os diferentes níveis de funcionários;
7) integração da comunicação no processo de planejamento da empresa.

Na realidade, estas desculpas são uma enorme hipocrisia na medida em que a principal razão reside no fato de que as lideranças não praticam seu discurso ou como diriam os americanos "Walk the Talk". Não existe hipocrisia maior do que um programa tipo "fale com o presidente", no qual a correspondência a ele dirigida é respondida por terceiros.

Comunicação interna é como ser um pai na educação dos filhos: é preciso primeiro acreditar no discurso (credibilidade) dar o exemplo, (praticar) para poder influenciar o comportamento dos filhos (funcionários).

Parte da solução está em entender que a comunicação interna é um esporte coletivo, ou seja, não pode ser função deste ou daquele departamento. É função de todos! Principalmente do profissional de Recursos Humanos e de treinamento. Da diretoria ao chão da fábrica, a comunicação interna deve ser considerada questão de "segurança nacional" e deve ser implementada por quem tem a responsabilidade de praticar, diariamente, os princípios de Recursos Humanos da organização.

A comunicação interna é também um esporte de contato. Os programas e as ferramentas de comunicação existentes são apenas isso - ferramentas - que não podem nunca substituir o contato e a relação pessoal. Desde a primeira entrevista de orientação de um novo funcionário até à entrevista de desligamento de outro funcionário, o contato humano é fundamental e insubstituível.

A comunicação interna é uma via de mão dupla, portanto, tão importante como comunicar é saber escutar. Escutar com sinceridade e genuíno interesse em agir sobre a informação recebida.

Artigo de Ronaldo Marques disponpivel na íntegra em: www.rh.com.br





Luiza Yang